quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Amazônia de Riscos - Parte 1

O dia 25 de setembro de 2006 amanhecia como outro qualquer. Preparava-me para o trabalho quando recebo o telefonema de um amigo. Queria me fazer uma visita à noite, com a qual eu concordei, e até agradeci, pois havia meses que não nos encontrávamos.

Por volta das 19 horas, com cerca de uma hora de atraso, chega Álvaro com uma mala, e uma maleta de mão.

No início fiquei surpreso, até pensei que ele poderia estar com algum problema, e que somente queria abrigo por alguns dias, mas não passou nem perto do real motivo a minha imaginação.

Conversamos um pouco sobre o tempo que ficamos sem nos falar, como andava sua vida, a minha, coisas que ainda tínhamos em comum. Outras que já não eram mais nossas atividades favoritas. Analisamos se ainda seriamos amigos como fomos um dia, com a vida que cada um levava atualmente, e ficamos nesse papo muito agradável por horas, que nem sentimos passar.

Quando ele viu minha cara de surpresa ao ver as malas, já me disse de pronto, que eu poderia ficar tranqüilo, que não era um hóspede que estava chegando, e que na hora oportuna me explicaria tudo.

Os assuntos do passado e presente foram se acabando, e não tinha mais como fugir do óbvio, o porquê daquela visita inesperada.

Álvaro disse que estava correndo risco de morte, e a única pessoa que sempre confiou seus maiores segredos foi a mim e que não poderia recorrer a mais ninguém nessa hora tão difícil.

Mesmo ele tendo falado em um tom muito sério, não pude resistir, e acabei dizendo que ele realmente veio pedir abrigo, e não teve coragem no começo. Ele me respondeu com um sorriso amarelado, que realmente não era aquilo que ele queria de mim.

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